Recepção de Membros: Sugestões Impostas pela Pandemia às Igrejas

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Mesmo que haja incertezas sobre muitas coisas que ocorreram durante a pandemia da COVID-19, não precisamos de tantos esforços para constatarmos que, desde então, o mundo mudou. Comparados à dinâmica de mundo anterior à pandemia, o mercado de trabalho, o sistema educacional, as prioridades humanas já não são mais os mesmos. Fala-se de vida antes e depois da pandemia, como uma espécie de linha demarcatória do tempo.

Essa nova condição trouxe desdobramentos ao movimento cristão por todo o mundo, de modo ainda mais específico à igreja no ocidente. Em alguns lugares, ainda são sentidas as evasões de pessoas que antes eram assíduas às suas reuniões. Algumas delas por aquilo que o uso da tecnologia passou a proporcionar através dos “cultos online”, enquanto outras por terem encontrado algo que lhes facilitasse o antigo anseio por um contínuo lockdown.

Por outro lado, se algumas igrejas sentiram ou ainda sentem as evasões de suas reuniões, é verdade também que em outros lugares o número de pessoas frequentadoras de cultos públicos aumentou consideravelmente. Uma hipótese é que em um tempo de tantas incertezas e temores causados pela pandemia, aliados ao acesso proporcionado pelas plataformas digitais a fiéis pregadores do evangelho, muitos migraram para igrejas cujos pregadores, ao menos doutrinariamente, possuíam semelhanças.

Entretanto, esse crescimento numérico, ainda que desejado, trouxe consigo desafios enormes às igrejas de Cristo. Aqueles que têm migrado para elas carregam, devido aos ensinos e influências de pastores e igrejas anteriores, perspectivas desafiadoras, tais como: incompreensão do verdadeiro conteúdo do evangelho, incongruência entre a fé e a prática, ávida busca pelo completo anonimato, certa negligência tanto dos exercícios espirituais particulares quanto da frequência aos cultos públicos.

Essas coisas acabaram estabelecendo a necessidade de cuidados administrativos locais, por meio de esforços que auxiliam os que chegam para se tornarem membros e protegem os que já são membros. A importância desses cuidados dá-se pela proposta de adaptação às partes envolvidas, criando uma consciência de pertencimento e efetiva participação na igreja local.

Tendo em mente o modelo de governo congregacional — embora igrejas de outros modelos possam, a seu juízo, fazer uso desses princípios — , seguem abaixo algumas sugestões e protocolos privados e públicos que auxiliam na recepção de pessoas que desejam se filiar à membresia de uma igreja.

Privativamente
Obter, junto a elas mesmas, informações sobre suas vidas, suas relações familiares, suas relações profissionais e igrejas anteriormente frequentadas;
Indagar sobre seu conhecimento do evangelho, obtendo informações acerca de seus posicionamentos sobre os principais temas éticos da atualidade em relação à Palavra de Deus;
Propor, com base em suas origens e convicções, acesso à membresia por meio de batismo ou aclamação, ou ainda vetá-lo, com base nos princípios do evangelho;
Estabelecer um prazo mínimo razoável de assiduidade às reuniões antes de encaminhar e tratar dos pedidos de filiação junto à igreja.
Publicamente
Submetê-los a um período de instrução coletiva para que conheçam a fé da igreja, seus princípios e valores, sua administração, bem como sua dinâmica de funcionamento;
Apresentar à igreja cada candidato, estabelecendo prazos para possíveis devolutivas que exijam tratamento ou impeçam alguma filiação;
Submeter seus nomes à assembleia e, uma vez aprovados, orar por eles e recebê-los solene e formalmente na igreja, passando-lhes às mãos os documentos da igreja (declaração de fé, manual de disciplina, estatuto, pacto), estendendo-lhes a destra da comunhão.
Ao oferecer essas sugestões e protocolos, não se garante blindagem ao surgimento de problemas futuros. Se temos consciência do que a Queda de nossos pais representa, somos capazes de entender que há sempre riscos. Contudo, segui-los poderá servir para atenuar os impactos que possam vir a causar preocupações à igreja. Se, ao menos, conseguirmos isso, já terá sido uma bênção.

Que Deus nos ajude!

fonte https://coalizaopeloevangelho.org/article/recepcao-de-membros-sugestoes-impostas-pela-pandemia-as-igrejas/

 


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