O Que José Nos Pode Ensinar Sobre Masculinidade Bíblica

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Como muitos outros pastores, comecei recentemente a nossa anual “viagem em direção a Belém” com uma pregação a partir de Mateus 1:18-25. No decorrer dos meus estudos, comecei a notar alguns emocionantes — e alguns inesperados — marcas na vida de José, todos relacionados com o tema da masculinidade bíblica.

Como o título de qualquer uma das nossas Bíblias nos dirá, esta história é claramente sobre o nascimento de Cristo e não sobre masculinidade bíblica. No entanto, apesar do nascimento de Jesus ser o “ponto principal” não significa que seja o único ponto. Eu não acredito que devemos nos coibir de mostrar os outros pontos, desde que sejamos fiéis na exposição do ponto principal.

Neste artigo quero compartilhar cinco lições que podemos aprender com a vida de José sobre o que significa ser um homem piedoso.

1. Homens de Deus preocupam-se com a Palavra de Deus.
Mateus diz-nos que José era um “homem justo” (v. 19). Embora possamos ler esta frase simplesmente como “José era um sujeito bom”, a palavra aqui para “justo” descreve a postura e orientação de José para com a lei. Como devoto Judeu do primeiro século, ele importava-se profundamente com o que Deus tinha a dizer sobre a vida. Como diríamos nos dias de hoje, José era um homem de Deus que se importava profundamente sobre a Bíblia e queria viver de acordo com ela.

Poderia o mesmo ser dito de nós? Estamos dedicados à Palavra de Deus e a vivê-la diariamente? Se não, porque não? O que necessita ser mudado?

2. Homens de Deus estão mais preocupados com o que Deus pensa do que o que os outros pensam.
Esta história destaca o evento incrível da concepção virgem — uma verdade que aparentemente não foi abraçada por José ao início. Nesse tempo, para uma jovem em estado de pré-noivado como Maria, aparecer grávida durante esse período era um crime potencialmente punível com a morte (Deut. 23). Embora as comunidades judaicas antigas nem sempre cumprissem essa lei, elas procuravam muitas vezes humilhar publicamente a adúltera. Então, por ser um “homem justo”, José teve de ter uma resposta para a percepção da “indiscrição” de Maria, ou ele também teria sido naturalmente visto como culpado. Mas mesmo na presença da sua prematura gravidez, José amava Maria e não queria vê-la humilhada publicamente, mesmo que isso significasse poder ter o seu nome limpo. Ao invés disso, ele estava disposto a suportar o peso da vergonha.

Eu sei o que você está provavelmente a pensar: No versículo seguinte, ele decidiu “deixá-la secretamente.” Como pode isso ser elogiado? Por causa do noivado era requerido que José agisse de alguma forma e a lei continha uma cláusula que permitia um “divórcio” privado (rompimento do noivado) em tais situações. Acredito que o plano de José foi uma evidência do seu esforço para ser fiel a Deus e à lei, mas de forma a ser tão gentil quanto possível com Maria.

O mesmo poderia ser dito de nós, maridos? Estamos dispostos a ficar mal vistos se isso significar salvar da vergonha a alguém que amamos? Se não estamos, o que é que isso revela acerca da natureza do nosso coração e da nossa identidade?

3. Homens piedosos avançam e fazem o que é correto mesmo quando é difícil.
Quando chegamos ao versículo 20, as nuvens começam a dissipar-se. Um anjo aparece a José num sonho e diz-lhe para não temer. Deus está por detrás desses acontecimentos e assim ele precisa de seguir em frente e casar-se com Maria. Bastante simples. Mas este plano inclui a ressalva de que José deve dar nome e criar um filho que será o Salvador do mundo — um filho que realmente não é seu.

Você consegue sequer imaginar esta incumbência? Todos nós temos lutas e desafios, mas eu acho que José nos ultrapassa a todos. Felizmente, ele toma a decisão correta. Ele deu nome a e criou Jesus. Isso é o que os homens piedosos fazem. Eles avançam e fazem o correto, mesmo quando é difícil.

Poderia o mesmo ser dito de nós? Será que avançamos, pela graça de Deus e para a sua glória, quando os outros recuam? Será que inspiramos o mesmo tipo de coragem e convicção nos nossos filhos? Será que ensinamos as nossas filhas a procurar e aguardar por este tipo de homem?

4. Homens piedosos seguem em frente e buscam a pureza.
José fez tudo o que Deus queria que ele fizesse. Apesar de sabermos que Deus é soberano, não ignoremos a importância da responsabilidade humana. A palavra de José era o seu vínculo. Ele seguiu em frente e respeitou os seus compromissos. José manteve a sua pureza sexual e a de Maria, até ao dia do casamento. Desta forma, José é um exemplo particularmente adequado para os jovens homens solteiros.

Será que os outros o descrevem como alguém que segue em frente? E na área da pureza? Pela graça de Deus, você está “combatendo o bom combate”?

5. Homens piedosos estão dispostos a cuidar de crianças que não são biologicamente suas.
Mesmo a partir de uma leitura superficial da história, é evidente que Jesus é e ao mesmo tempo não é filho de José. Vendo isto assim, não é um exagero pensar em Jesus como tendo sido adotado. Que José estava disposto a intervir e adotar o menino permitindo dessa forma a ligação humana necessária para que Jesus viesse através da linhagem de Davi. E não vamos subestimar uma vida inteira de perguntas que José terá suportado por ter apenas procurado cuidar desta criança. Mas, novamente, este é o tipo de coisa que homens piedosos fazem. Eles cuidam de órfãos e viúvas e procuram olhar por aqueles que não têm pais, como um reflexo do coração de Deus.

 

Dustin Neeley é um plantador de igrejas, pastor, escritor/palestrante e orientador de ministérios. Ele vive com a sua esposa e filhos em Louisville, Kentucky, e é o autor de muitos recursos prestes a serem lançados. Ele é autor regular no blog “Church Planting for the Rest of Us” (Plantação de Igrejas para todos nós), e você pode interagir com ele no Twitter.

fonte https://coalizaopeloevangelho.org/article/o-que-jose-nos-pode-ensinar-sobre-masculinidade-biblica/

 


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