Nos últimos meses, o Brasil tem testemunhado um aumento alarmante de denúncias de abusos sexuais e emocionais nas igrejas evangélicas. No entanto, o que tem chamado atenção não são apenas os casos em si, mas também o silêncio ensurdecedor de grandes líderes religiosos, bem como da bancada evangélica no Congresso Nacional sobre o assunto.
Essa ausência de posicionamento por parte de líderes políticos que representam milhões de fiéis evangélicos tem gerado críticas e levantado questões sobre a responsabilidade e o papel desses parlamentares na defesa das vítimas e na promoção de justiça.
Em Belo Horizonte, Minas Gerais, a Polícia Civil investiga o pastor Marcelo Douglas, líder da Igreja do Evangelho Quadrangular Aliança Profética, acusado de abuso sexual e assédio moral. As denúncias incluem estupro de vulnerável e “brincadeiras maliciosas” envolvendo toques nas partes íntimas de menores de idade. Três vítimas já prestaram depoimento, incluindo dois jovens que eram menores de 14 anos na época dos crimes e um terceiro que relatou abusos ocorridos quando tinha 20 anos.
Em outro caso recente, o pastor Dagmar Pereira foi preso acusado de abusar de crianças e adolescentes ao longo de vinte anos. O número de vítimas pode chegar a cinquenta.
Casos como o do pastor Davi Passamani, preso por importunação sexual, cuja repercussão foi nacional, também não provocaram qualquer reação por parte da bancada.
fonte https://www.fuxicogospel.com.br/2024/05/bancada-evangelica-ignora-onda-de-denuncias-de-abusos-contra-pastores.html