Em sua coluna no site R7, o médico psiquiatra Joel Rennó Jr, escreveu sobre a grande quantidade de jovens que tem ido às redes sociais relatar suas crises de ansiedade e depressão e lamenta o fato de os colégios e universidades não terem um rastreamento eficiente de alunos que apresentam algum tipo de doença mental.
Pesquisa:
Segundo pesquisa Datafolha de 2022, 8 a cada 10 brasileiros de 15 a 29 anos apresentaram algum tipo de doença mental. Tais como:
Pensamentos negativos (66%)
Dificuldade de concentração (58%)
Crise de ansiedade (53%)
A pesquisa apontou ainda que 90% dos problemas são relatados por meninas e mulheres contra 76% dos meninos e homens.
O especialista esclarece que as mulheres são mais afetadas que os homens em quadros de depressão e ansiedade por questões hormonais, além do fato delas serem as maiores vítimas de violências física, sexual e psicológica.
“Bom lembrar que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), metade das doenças mentais iniciam-se por volta dos 14 anos”.
No mundo todo, jovens se queixam de solidão duas vezes mais do que em outros grupos etários. Automutilação e ideações suicidas também aumentaram entre os grupos jovens.
Quando se perde uma vida jovem através da sua morte ou capacidade laboral, diversos prejuízos sociais ocorrem, com impactos até na economia do país.
Como combater:
Rennó afirma que campanhas educativas desde os primeiros anos da infância são fundamentais. Além disso, ele destaca a necessidade de treinamento de professores e suporte psicológico nas escolas.
Alguns pais, seja por falta de suporte ou despreparo, acabam não observando mudanças comportamentais e de humor relevantes e a escola pode ajudar criando um ambiente em que esses assuntos de saúde mental sejam tratados sem tabus ou preconceitos.
O fato é que para o jovem se sentir respeitado ele precisa ser ouvido em suas angústias em primeiro lugar.
Projeto Help:
Foi por essa razão que o projeto Help, da Força Jovem Universal, foi criado. Com o lema “Não te julgo, te ajudo”, o projeto tem como objetivo promover e auxiliar no ensino o estímulo ao autoconhecimento, gerenciamento das emoções, bem-estar nos relacionamentos, escuta qualificada, aconselhamentos e estabelecer vínculos de confiança.
O projeto trabalha com a prevenção aos problemas de ordem psicológica e emocional, propondo-se a ajudar pessoas a superar seus traumas, medos, e vencer a depressão, automutilação, síndrome do pânico, transtornos de ansiedade, suicídio e diversas condições que têm causado vítimas atualmente.
Seus voluntários têm ajudado pessoas de todos os lugares do Brasil e do mundo, através de palestras, reuniões, caminhadas, eventos de conscientização e motivação em pontes, passarelas, viadutos, sinais de trânsito, praças, escolas, empresas, estabelecimentos, entre outros locais.
FONTE https://www.universal.org/noticias/post/numero-de-jovens-com-problemas-de-ordem-psicologica-aumenta-a-cada-dia/