Educação X Ensino

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Vivemos em uma sociedade que nos impulsiona de forma intencional a corrermos atrás daquilo que almejamos, logo o foco nos estudos para ter um futuro melhor e trabalhar desde antes o Sol nascer e só retornar para casa tarde da noite para trazer o sustento para a família são vistos com bons olhos e como uma necessidade para a maioria das pessoas. Não importa etnia, classe social, idade ou qualquer outro fator de comparação, essa é a realidade.

A busca de benefícios também traz malefícios. Não, não é mais uma reflexão sobre ansiedade, depressão ou esgotamento físico, mas sobre a terceirização daquilo que compete a nós, e somente a nós. Tudo bem que para otimizar o tempo procuremos alguém para nos ajudar nas tarefas domésticas ou que compremos comida pronta, em vez de gastar horas e horas limpando a casa e cozinhando. O problema é que a educação dos filhos também tem sido terceirizada.

Antes de nos aprofundarmos neste tema, é preciso entender a distinção entre ensino escolar e educação familiar. Segundo o dicionário, ensinar significa “repassar a (alguém) conhecimentos práticos ou teóricos, instruções, informações sobre matéria, assunto, arte, técnica, dúvida etc.; lecionar”, enquanto educar é “dar a (alguém) todos os cuidados necessários ao pleno desenvolvimento de sua personalidade. Transmitir saber a; dar ensino a”.

Entendeu a diferença? Enquanto à escola compete alfabetizar e repassar conhecimentos práticos e teóricos sobre línguas, matemática, história, geografia e outras disciplinas que compõem a grade curricular das instituições educacionais, é em casa que as crianças recebem a orientação de como devem se portar, os princípios que devem formar seu caráter e os valores básicos que devem nortear suas decisões por toda a vida. Mas, com o aumento das responsabilidades e a diminuição do tempo em casa, muitas famílias acabam deixando seu papel de lado e esperam que outros o façam.

A verdade é que muitos que anseiam ter filhos na verdade só querem os bônus de serem pais – e não os ônus. Eles geram ou adotam uma criança, mas se recusam a entender e a assumir a responsabilidade de educar esse ser humano em formação e terceirizam esse privilégio para a escola, a igreja, as ruas, a praça pública e a perigosa internet.

Com isso, crianças, adolescentes, jovens e até adultos que não receberam essa base em casa acabam tendo dificuldade de criar vínculos, de entender seus limites e de respeitar as figuras de autoridade. Além disso, a falha na educação familiar também os coloca em situação de vulnerabilidade e implica em filhos facilmente influenciáveis a aquilo que não lhes faz bem, à ideologias contrárias às que a família crê e defende e desorientados sobre a quem recorrer na hora em que precisam de ajuda para lidar com bullying, violência ou dificuldades, por exemplo.

Quando dizem que “a educação vem de casa” não é apenas sobre dizer “por favor” e “obrigado”. O papel dos pais para com seus filhos vai muito além, como mostrar-lhes o caminho, doar seu tempo e ensinar princípios e valores, discipliná-los com correção, cuidar e suprir suas necessidades, serem bons exemplos e influenciá-los positivamente, além de interceder a Deus por eles. Agindo assim vão formar neles o caráter que vai permear toda a vida como cidadãos em formação para viver em sociedade, contribuindo para o bem-estar dela e não o contrário.

Eduque, instrua, seja presente na vida de seus filhos, veja o que eles fazem ou pretendem fazer. Sejam pais e mães atentos e proativos. Agora, pois o tempo para fazer isso está se esvaindo cada vez mais rápido e compete com a enxurrada de informações nocivas, apelos e ideologias de todos os tipos.

E como mais um momento para pais intercederem por seus filhos, a Universal promove hoje, 30 de abril, o domingo da Proteção para Pais e Filhos. Uma oportunidade para reforçar ainda mais a necessidade da base familiar

FONTE https://www.universal.org/noticias/post/educacao-x-ensino

 

 


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