4 Motivos Pelos Quais os Pastores Devem se Preocupar com os Ministérios de Jovens e Infantil

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Imagine ser líder da igreja dos seus sonhos. A congregação canta com alegria e se deleita em ouvir a Palavra e em obedecê-la. Incrédulos se convertem à fé em Cristo e missionários são enviados para plantar novas igrejas nas proximidades e no exterior. Vocês têm até mesmo uma boa reputação na comunidade pela maneira como amam o próximo. Há apenas uma fraqueza: a grande maioria de suas jovens abandonam a fé após terminarem o ensino médio.

Tal igreja é saudável?

Para mim, um pastor de jovens veterano que tem defendido o ministério de jovens há uma década, este não é um cenário improvável. Estatisticamente, mais da metade dos estudantes que fizeram parte dos ministérios de jovens de nossas igrejas estão abandonando a fé. Já passou da hora de revermos a maneira como ministramos aos adolescentes. Este necessita ser abordado como um problema cristão, não meramente como um problema do ministério de jovens.

Aqui estão alguns motivos pelos quais os pastores sêniores necessitam compreender bem os ministérios de jovens e da família.

1. Alcançamos Adolescentes Através de Seus Pais
Tanto as Escrituras quanto a sociologia ressaltam a realidade de que os pais têm a maior influência espiritual na vida dos filhos. Se isso for verdade (e é), as igrejas necessitam questionar como têm preparado os pais para fazer o melhor possível na instrução de suas crianças e adolescentes no evangelho. Para muitas igrejas, isso requererá uma determinação significativa de considerar os ministérios de jovens e infantil como uma área onde pais e líderes da igreja evangelizam e discípulam, juntos, a próxima geração.

Pastores que se empenham em pesquisas e buscam as melhores práticas nos ministérios de jovens e da família estarão prontos para conduzir a igreja em uma nova direção, ao invés de continuarem o que tem sido feito nas últimas décadas. No mundo do ministério de jovens tem-se falado sobre o que significa integrar os estudantes na vida da igreja e sobre forjar parcerias significativas com os pais. Tenho esperança por mudanças significativas no cenário do ministério de jovens na próxima década. Pastores informados e dedicados podem ter uma voz significativa nesta conversa.

2. Não Aprendemos Isso no Seminário
A maioria esmagadora dos seminários inclui cursos sobre ministérios de jovens e da família como disciplinas eletivas no currículo. Porém, poucos seminaristas cursam alguma dessas disciplinas, a menos que planejem servir nestes ministérios. Isso significa que estamos enviando ao mundo uma geração de pastores que sabem analisar morfologicamente os infinitivos do grego e explicar por quê a hipótese documental é falsa, mas que nunca pensaram cuidadosamente sobre como uma igreja deve se estruturar para passar a fé adiante de geração a geração.

Não estou acusando pastores de jamais terem refletido sobre crianças e adolescentes. Muitos investiram tempo avaliando suas experiências na igreja, na escola dominical e em grupo de jovens. Obviamente, muitos pais se dedicam em oração e diligência para criarem seus filhos na fé. Mas isso não significa que estudaram sobre os ministérios de jovens e da família. Ler um livro como o “Biblical Theology of Youth Ministry” [Uma Teologia Bíblica do Ministério de Jovens] com os líderes de sua igreja pode ajudá-lo a avaliar como sua igreja está passando o evangelho adiante e abarcando os estudantes na vida da igreja.

3. Necessitamos Honrar Nossos Votos
Igrejas que dedicam ou batizam crianças fazem um voto sagrado. É mais do que um momento fofo para os pais celebrarem seus filhos. É um momento sagrado, refletido ao longo do Antigo e do Novo Testamento por pais que apresentam seus filhos perante o Senhor e pedem por Sua benção em suas vidas. E a igreja assume um compromisso semelhante, prometendo orações e apoio para evangelizar e discípular esta criança juntamente com os pais. Algumas igrejas parecem se esquecer destes votos quando a criança deixa o ministério infantil, mas eles não têm data de validade.

Quando pastores e presbíteros se contentam em delegar este ministério e evitam dedicar-se pessoalmente a ele, a igreja está negligenciando o voto feito para com estas crianças, seus pais, e até mesmo para com o Senhor. Seria melhor que as igrejas parassem de dedicar ou batizar as crianças do que cair sob a disciplina do Senhor por terem quebrado seu voto. Talvez um dos motivos de vermos tantas igrejas morrendo e crianças abandonando a fé é que o Senhor está “movendo o candeeiro do seu lugar” (Ap. 2.5) por fazerem votos que não irão cumprir.

4. Somos Uma Família; Estas São Crianças Nossas
Pastores comprometidos em oração a instruir a próxima geração no evangelho se recordam de que “todas as crianças são crianças nossas”. Se a igreja realmente é uma família, então adultos solteiros, casais que enfrentam infertilidade ou cujos filhos já saíram de casa, assim como avós, todos identificam as crianças da igreja como suas.

Pastores têm muitas obrigações. Particularmente neste mundo pós-COVID, parece que espera-se que os pastores sejam proficientes em tudo. Meu desejo não é adicionar itens nas listas de afazeres já abarrotadas dos pastores. Ao invés disso, desejo que este seja um simples lembrete de que o seu chamado pastoral inclui a próxima geração. Enquanto buscamos igrejas saudáveis e centradas no evangelho, será que negligenciamos nossas crianças e adolescentes?

Uma das maneiras mais óbvias pela qual os pastores podem manter seu voto é lembrando-se das crianças e adolescentes sentados nos bancos da igreja ao preparar e pregar o sermão. Perguntar-se algo simples–”Como este texto revela o caráter e a bondade de Deus para as próximas gerações?”–parece fácil demais. Se você nunca pensou nos adolescentes ao preparar o sermão, então converse com o seu pastor de jovens ou com pais de adolescentes e peça ajuda para fazer aplicações significativas à vida dos estudantes. É um bom lugar para começar a renovar o seu voto.

Traduzido por Caroline Ferraz.

fonte https://coalizaopeloevangelho.org/article/4-motivos-pelos-quais-os-pastores-devem-se-preocupar-com-os-ministerios-de-jovens-e-infantil/

 


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