Missão de mulher tribal é levar sua vila a Cristo

Divulgue esta materia em sua rede social

Xuan* tem 34 anos e vive em uma área remota na região central do Vietnã. É preciso cruzar diversos rios e passar por montanhas e florestas para chegar lá. Ela não pôde se encontrar com os parceiros locais da Portas Abertas em sua vila, afinal, isso seria muito arriscado para todos. Por isso, ela e sua amiga foram até a cidade para encontrá-los.

Ela se tornou cristã em 2009 e, na época, estava doente há meses. Depois, o filho dela começou a ter os mesmos sintomas da doença. Como parte de sua tradição e crença, o marido dela foi encontrar um xamã que pudesse curá-los. O xamã disse que eles tinham a mesma doença, então um deles deveria morrer. “Eu não podia aceitar aquilo. De repente, lembrei de um homem chamado Tomo* que compartilhou sobre um Deus que podia curar qualquer um. Nós nos encontramos e ele orou por nós. Naquele ano, entreguei minha vida ao Senhor que nos curou.”

Na época, Xuan percebeu que Tomo e outros cristãos na vila eram perseguidos por moradores por causa de sua fé. Em 2013, eles foram expulsos de lá. Ficou apenas ela e outra cristã. Apesar de desanimadas, isso não as impediu de compartilhar o evangelho. Todos os dias, mais e mais pessoas conheciam a Cristo.

Ação das autoridades

Porém, as autoridades locais foram rápidas. Elas sabiam tudo sobre as que se converteram e tentaram puni-las. Também tentaram expulsá-las da vila, mas elas foram inflexíveis. Decidiram ficar independentemente do que acontecesse. “As autoridades locais sempre forçam cristãos, principalmente novos convertidos, a abandonarem a fé. Eu não sei exatamente por qual motivo fazem isso, entretanto, acho que elas têm medo de que se mais pessoas da tribo se tornarem cristãs, serão incontroláveis e se levantarão contra o governo. Mas isso não é verdade”, explica.

As autoridades locais empregam diversas formas de perseguição, uma delas é forçar os maridos a deixar as esposas cristãs, pressionando-os a se divorciarem delas, o que também afeta os filhos. Quando os maridos se recusam a fazê-lo, todos os subsídios do governo, como comida, educação e fonte de renda, são cortados. Os homens na sociedade local são considerados superiores e é por isso que, quando as esposas se tornam cristãs, os perseguidores vão até eles primeiro.

“Eu fui muito perseguida pelas autoridades. Como não parei de compartilhar o evangelho e me recusei a abrir mão da minha fé, elas pegaram nossas vacas e búfalos, que eram nossa fonte de renda. E então me forçaram a deixar a vila. Mas meu marido, que não é cristão, me protegeu. Ele as impediu de me maltratar porque ama a mim e aos nossos filhos.”

As autoridades não tiveram escolha, a não ser permiti-la viver a fé, mas alertaram-na a parar de evangelizar. “Elas não podem me parar. Eu não sigo as demandas delas. Elas não podem impedir o evangelho de ser compartilhado. Entretanto, agora evangelizo apenas em segredo. Muitos cristãos em minha vila só se tornaram cristãos porque eu fui teimosa”, conta.

A missão de Xuan

Algumas vezes, Xuan visita a casa das pessoas à noite. Em outros casos, combina de se encontrar em locais mais afastados. Ela pilota sua motocicleta para encontrá-los e se reúnem em lugares menos suspeitos. “Eu faço isso porque os amo. Não vou abandonar minha missão, meu chamado. Mesmo se as autoridades me pegarem, eu as deixarei fazer tudo o que podem para me impedir. Mesmo se me matarem, sei que morrerei pelo Senhor”, afirma.

Há cristãos na área onde ela vive, porém não há uma única igreja. Eles adoram a Deus em segredo, dentro de suas casas. “É impossível que estrangeiros nos visitem porque as autoridades locais nos monitoram. Apesar de ser difícil, o pastor Luca* ainda vem nos visitar. Somos encorajados por isso e sentimos que Deus está trabalhando em nossa área”, compartilha.

Ela não não sabe o que as autoridades farão a ela e aos demais cristãos no futuro, mas o que realmente deseja é poder construir uma igreja na vila e adorar ao Senhor abertamente. “Peço que orem por isso. Por favor, orem por mim, por meu marido e dois filhos, para que eles se tornem seguidores de Jesus. Eu creio que orações são poderosas, elas curaram a mim e a outros. Elas também me ajudaram a permanecer firme em minha fé”, explica.

“Eu descobri que minha vida já mudou muito após permitir que Jesus a comandasse. Eu cresci acreditando em práticas e crenças ultrapassadas – oferecendo porcos, cabras, vacas e búfalos quando alguém estava doente, mas não quero voltar a isso. Eu deixei minhas antigas práticas quando me tornei cristã porque sei que, quando estiver doente, posso orar diretamente ao Senhor e ele me responderá. Eu sei que meu Senhor está vivo.”

*Nomes alterados por segurança.

fonte https://portasabertas.org.br/noticias/cristaos-perseguidos/missao-de-mulher-tribal-e-levar-sua-vila-a-cristo

 


Divulgue esta materia em sua rede social
Anúncios
Anúncios

Deixe um comentário