Traições mútuas e dúvida sobre o perdão

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No programa Escola do Amor Responde, a aluna Jaqueline contou que foi casada por 18 anos e, durante esse tempo, a união foi marcada por traições de ambas as partes, mas eles sempre continuavam juntos. Hoje, eles estão separados. Segundo ela, o companheiro está magoado com tudo que aconteceu. Apesar de tê-lo visto com outra pessoa, ela avalia se deve ou não reatar com ele.

JAQUELINE – Fui casada por 18 anos. Nesse tempo, ocorreram várias traições de ambas as partes, mas reconsiderávamos e continuávamos juntos. Hoje, estamos separados. Ele está magoado com o que ocorreu no passado. Nós demos um tempo e ele disse que queria sair de casa. Recentemente, porém, eu o vi com outra pessoa e nós resolvemos nos separar definitivamente. Eu vejo que ele se arrepende por palavras mal colocadas. Eu o amo, mas também me amo e, por isso, peço a orientação a vocês.
Renato – Jaqueline, você disse que ocorreram várias traições de ambas as partes, então é óbvio que há muitas feridas nesse relacionamento. Às vezes, as pessoas fazem uma omelete e depois querem os ovos inteiros. Elas quebram os ovos, fazem a omelete, misturam tudo e depois dizem: “acho que não queria a omelete, eu quero o ovo como era antes”. De modo semelhante, as pessoas fazem o que querem na vida amorosa e depois querem voltar ao que era antes, mas a relação nunca mais será igual. Relembre do seu casamento de 18 anos, em que ocorreram traições de ambas as partes, e se pergunte: isso um dia será esquecido? Não será esquecido jamais. Vocês podem se curar, aprender a lidar com isso e mudar de comportamento, mas hoje estão pagando o preço de todos os erros que cometeram no passado. Se você deseja mudar a sua história, a primeira atitude que precisa tomar é parar de errar e parar de viver com base nos princípios que você cultivou nesses 18 anos. Com certeza, um dos princípios que você precisa abandonar é o de dar o troco.

CRISTIANE – Jaqueline, nem você nem o seu ex-marido estão em condições de estar em um relacionamento agora. Vocês precisam se curar, se perdoar e perdoar um ao outro. É um processo. Se você entrar em outro relacionamento agora, mesmo que não seja com ele, você ainda não estará pronta porque não está bem. As pessoas não entendem que tentativas de vingança ou colocar alguém no lugar da outra pessoa são sinais de que elas precisam se curar.

RENATO – Você chegou no momento do “deu”. Sabe o que é isso? É quando a pessoa percebe que cansou de errar e diz: “eu não aceitarei essa situação como está. Não quero mais esse casamento assim. Não aceito como estou. Acabou, deu. Daqui para a frente as coisas mudarão, pelo menos da minha parte”. Em outras palavras, a pessoa cansou de tolerar o intolerável e quer fazer o que é certo. No seu caso, Jaqueline, o primeiro passo é reconhecer que você tem uma instabilidade emocional e identificar seus erros. Depois, você precisa tratar de si mesma, curar a insegurança e os traumas do passado. Não é dando o troco que você conseguirá resolver os problemas do seu relacionamento. O segundo passo é conversar com o seu parceiro e explicar que, se ele quiser continuar com você, terá de aceitar as suas condições.

CRISTIANE – E essas condições não são apenas para ele, mas para o casal. Os dois precisam cumpri-las.

RENATO – Eu não quero dizer que não existe mais jeito para o seu casamento. Há jeito, mas ele começa no ponto em que você disse “deu”. Agora, você precisa mudar as suas atitudes. Não adianta ficar no relacionamento ioiô, no vai e volta. Esqueça frases como “me dá uma chance”, “eu prometo que vou mudar” e “a gente se ama”. Ninguém resolve problemas com o sentimento ou o coração. O coração foi feito para sentir, não para resolver problemas. Você resolve problemas usando a cabeça, inclusive os da vida amorosa. O problema de muitos casais é que eles desejam resolver os problemas do amor com o coração. Você precisa solucionar seus problemas pensando e agindo com inteligência, com base em soluções que o seu raciocínio encontrará. É assim que você deve agir.

fonte https://www.universal.org/noticias/post/traicoes-mutuas-e-duvida-sobre-o-perdao/

 


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