A Bênção Que Nos Amedronta

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Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio. (Sl 32.3,4)

Detestamos ter de reconhecer a verdade. Talvez nada seja mais doloroso do que confrontarmos a nós mesmos e admitirmos a verdade horrorosa que Deus nos evidencia. É preferível morrer a ter de passar por isso. Por isso, o Senhor ajuda-nos a chegar lá, tornando-nos completamente miseráveis, até que os nossos corações finalmente se quebrantam, e a confissão se derrama. Então, que alívio!

Confessei-te o meu pecado e a minha iniquidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniquidade do meu pecado. (Sl 32.5)

Foi quando Davi trouxe a público sua confissão que, para seu espanto, foi cercado de “alegres cantos de livramento” (versículo 7) entre o povo penitente de Deus.

Uma forte evidência do poder do reavivamento é quando ficamos tão fartos das nossas desculpas deploráveis que caímos aos pés do Senhor, encaramos o que temos evitado, e ali descobrimos novas profundezas da sua misericórdia para com os não merecedores. Isto é especialmente evidente quando as nossas confissões se tornam públicas, conforme possa ser apropriado. Considere-se este relato de uma testemunha ocular de um reavivamento na Coreia, por um missionário em 1907:

“Então começou uma reunião como eu nunca tinha visto antes, nem desejaria ver novamente, a não ser que, aos olhos de Deus, fosse absolutamente necessário. Todos os pecados que um ser humano poderia cometer foram confessados publicamente naquela noite. Pálidas e trêmulas de emoção, em agonia de mente e corpo, as almas culpadas, de pé perante a luz branca do seu julgamento, viam-se a si próprias como Deus as via. Os seus pecados emergiram em toda a sua maldade, até que a vergonha, o pesar e o auto-desprezo apoderaram-se completamente deles; o orgulho foi expulso, a face do homem esquecida. Olhando para o céu, para Jesus a quem tinham traído, espancaram-se a si próprios e choraram com um pranto amargo: “Senhor, Senhor, não nos rejeites para sempre! Todo o restante foi esquecido, nada mais importava. O desprezo dos homens, a pena da lei, até a própria morte parecia de pouca importância, se apenas Deus os perdoasse. Podemos ter outras teorias sobre a conveniência ou não da confissão pública do pecado. Eu tive as minhas; mas agora sei que quando o Espírito de Deus cai sobre as almas culpadas, haverá confissão, e nenhum poder na terra poderá impedi-la.”

O Senhor está agindo em nossos dias também, e somos gratos por isso. Mas ainda não somos consumidos por essa urgência de nos acertarmos com Deus e uns com os outros. Raramente ouvimos esses brados de arrependimento.

Deus deseja abençoar nossas igrejas e nossos ministérios. Mas se pensarmos: “Nossa imagem não pode ser prejudicada”, então não desejamos realmente a bênção de Deus. E Ele entende qual é a nossa verdadeira motivação.

Mas e se nossos pecados há muito não confessados jorrarem em arrependimento diante de Deus e uns dos outros? Nós também seremos cercados de “alegres cantos de livramento” sob o poderoso derramamento de avivamento que Deus enviará.

Traduzido por Cynthia Costa.

Ray Ortlund (@rayortlund) é presidente dos Renewal Ministries [Ministérios de Renovação] e membro do conselho da The Gospel Coalition. Fundou a Igreja Immanuel em Nashville, Tennessee, EUA e agora serve na Immanuel como Pastor para Pastores.

fonte https://coalizaopeloevangelho.org/article/a-bencao-que-nos-amedronta/

 


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