Gaza: 30% das missões de ajuda ao norte negadas por Israel em março

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Nesta segunda-feira, a ONU revelou que impedimentos de acesso continuaram comprometendo a capacidade dos profissionais humanitários de alcançar as pessoas na Faixa de Gaza.

De acordo com o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha, desde 1º de março, 30% das missões de ajuda ao norte de Gaza foram negadas pelas autoridades israelenses.

O papel central da Unrwa
A Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos, Unrwa, é desproporcionalmente afetada, e continua sendo impedida por Israel de prestar assistência alimentar emergencial ao norte do enclave.

O subsecretário-geral da ONU para os Assuntos Humanitários disse nesta segunda-feira que “as tentativas de colocar a Unrwa de lado devem parar”.

Martin Griffiths declarou que a Unrwa é “a espinha dorsal da operação humanitária em Gaza e que qualquer esforço para distribuir ajuda sem eles está simplesmente condenado ao fracasso”. Ele enfatizou que nenhuma outra agência tem o mesmo alcance, experiência ou confiança comunitária.

Novo ataque em hospital
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, OMS, disse que uma equipe da agência estava em uma missão humanitária no Hospital Al-Aqsa no domingo, quando um acampamento dentro do complexo hospitalar foi atingido por um ataque aéreo israelense. Quatro pessoas morreram e 17 ficaram feridas.

Segundo Tedros Ghebreyesus, a equipe da OMS esteve no hospital avaliando as necessidades e recolhendo incubadoras para serem enviadas para o norte de Gaza.

O chefe da agência de saúde da ONU apelou novamente à proteção dos pacientes, do pessoal de saúde e das missões humanitárias. Ele afirmou que “os ataques em curso e a militarização dos hospitais devem parar” e pediu que as partes em conflito cumpram a resolução de cessar-fogo do Conselho de Segurança.

Volume de ajuda segue baixo
Segundo o informe mais recente da Unrwa, as Forças de Segurança Israelenses continuaram as operações militares em toda a Faixa de Gaza, resultando em mais vítimas civis, deslocamento e destruição de casas e outras infraestruturas civis.

Os ataques aéreos e os bombardeios continuaram no norte de Gaza, Khan Younis e Rafah, onde a Unrwa estima que vivam atualmente um total de 1,2 milhão de pessoas. A grande maioria ocupa abrigos formais e informais.

Segundo a ONU, não houve nenhuma mudança significativa no volume de fornecimentos humanitários que entram em Gaza nem melhorou o acesso ao norte. De 1 a 30 de março, uma média diária de 159 caminhões de ajuda atravessou para dentro do enclave sitiado.

Atualmente, o Programa Mundial de Alimentos está fornecendo comida para 1,45 milhão de pessoas em Gaza, mas afirma que o volume não é suficiente e que sem um cessar-fogo e acesso total, muitas vidas estão em risco.

FONTE https://news.un.org/pt/story/2024/04/1829836


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