7 Coisas Que o Filho de um Pastor Precisa de um Pai

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Pastores, a sua posição é exigente e essas exigências trazem tensões singulares dentro das suas famílias. A mulher de um pastor carrega um grande peso, mas geralmente ela entra de bom grado no ministério. Os filhos de um pastor, porém, são arrastados na corrente do chamado dos seus pais. Muitas vezes é uma vida de lutas singulares e de necessidades incomuns. Essas lutas muitas vezes resultam das falhas do pai. Isto não serve, porém, para lançar toda a culpa sobre os pastores dos problemas dos seus filhos. Apenas serve para dizer que os pastores precisam trabalhar para serem bons pais.

O meu próprio pai tem trabalhado muito nesse sentido. Ele tinha as suas cegueiras e pontos fracos que têm sido uma fonte de tensão entre nós. Mas até hoje, no seu 33º e último ano de ministério pastoral, ele nunca parou na tentativa de ser um pai melhor. Enquanto escrevo penso nas suas falhas, sim, mas também nos seus sucessos. Muitos deles. Pensei também em dezenas de conversas com amigos filhos de pastores sobre essas lutas e as relações deles com os seus pais. Assim, sei que o que escrevo não provém da amargura do coração ou de algum mau desejo de expor as falhas de um bom homem. Eu amo o meu pai. Meu desejo é que sejam evitadas lutas ou derrotas noutros pastores e filhos de pastores.

Assim, aqui estão sete das formas mais significativas em como um pastor pode ser um bom pai para seus filhos. Pastores, o vosso filho precisa de…

1. Um pai, não um pastor
Sim, você é chamado para pastorear a sua família, mas o filho de um pastor quer um pai — alguém que brinque com ele, que o proteja, que o faça rir, que ame a sua mãe, que o abrace, que lhe dê atenção, que o ensine a gerir um orçamento, a trocar o óleo, a jogar a bola. Quer amor comprometido e calor humano. Quer um pai que não seja viciado em trabalho. É hipócrita chamar a sua congregação a uma vida de amor, sacrifício e uma vida evangélica esmerada, se negligenciar a sua própria família. Se um corrector de hipotecas ou vendedor considera que trabalhar 60 horas por semana é muito, assim também você o deve considerar. Deixe o trabalho e esteja presente com os seus filhos. Seus filhos vão cuspir no seu pastoreado se perderem a sua paternidade.

2. Conversas, não sermões
Sermões são uma forma eficaz de comunicar a verdade bíblica a uma congregação, mas não para os seus filhos (ou esposa). Pregar para os seus filhos vai prejudicar o ponto de vista deles sobre as Escrituras, desinteressá-los e esmagar o que você tenta apaixonadamente avivar. Fale COM seus filhos sobre a Bíblia de uma forma que seja interessante, aplicável, e passível de ser conversado. Ajude-os a ver a Bíblia como uma parte normal da vida. Ao invés de ensinar lições, tente impregnar a sua conversa com uma cosmovisão bíblica para ajudar seus filhos a moldar as suas lentes da vida. Dessa forma, eles vão pensar que eles, também, podem interagir com este importante livro. Sermões em casa separa-os da Palavra implicando que somente o instruído os pode compreender.

3. Seu interesse nos passatempos deles
Jonathan Edwards pode ser o seu companheiro ou Seth Godin a sua musa, mas a sua filha mais nova não quer saber. A linguagem do amor dela é brincar com Barbies e dançar ao som de Taylor Swift. Seu filho quer construir um forte de Lego, vencê-lo de lavada nos jogos de guerra na Xbox, ou aprender a executar uma grande penalidade perfeita. Os seus passatempos são apenas seus, mas envolver-se nos interesses dos seus filhos mostra o amor que mais importa para eles.

4. Ser estudado
Fica cada vez mais difícil passar tempo com as crianças à medida que elas crescem. Assim, estude-as tão afincadamente como estuda o seu léxico grego. Elas são mais importante, de qualquer maneira. Será que o seu filho apreciaria sair para comer pizza consigo ou descontrair no sofá assistindo a uma partida de futebol numa tarde de sábado? Será que sua filha adolescente quer que você a leve às compras ou ao café? Talvez eles não queiram recreação, mas apenas precisem de ajuda — então fale através dos desafios deles com amizades ou através dos problemas de álgebra, o que for mais urgente. APRENDA isto, mesmo que pareça não existir respostas certas. Os adolescentes são difíceis; eles passam o tempo a tratar os pais como idiotas. Mas esses atos, quando feitos de forma consistente, somam-se. Construa um padrão de modo a que, quando os seus filhos estiverem convencidos que você é um idiota, eles saibam que há um caminho para andar contigo.

5. Consistência da sua parte
Ninguém é mais rápido a apontar-lhe a hipocrisia que os seus filhos (e esposa), e nada será tão rápido a prejudicá-lo em casa. Se você estiver no púlpito no domingo a pregar sobre graça depois de passar a sexta e sábado a reclamar com a sua família, essa graça vai parecer barata e pouco atraente para o seu filho. Se, entretanto, você tratar seu filho como se você precisasse de sua graça e perdão pela sua péssima atitude, pode abrir uma porta para a graça de Deus. (E use frases como “péssima atitude”, para dar a noção de que você realmente sabe aquilo pelo qual está pedindo desculpa.)

Se você agir como o grande pastor no púlpito, mas como um mercenário que foge em casa, os seus filhos vão ver igreja e tudo o que ela implica como falso porque você é falso. Se você incentivar uma vida de alegria, mas for rabugento ou exortar o seu povo em direção a uma vida de sacrifício, mas for preguiçoso e esbanjador, ninguém vai notar mais depressa que a sua família. Para a sua família, suas interações com Deus são muito mais importantes do que os seus sermões de domingo.

6. Graça no fracasso
Pastores falam muito sobre a graça. É a base da nossa salvação e fonte de esperança. Mas quando é realmente necessário, você oferece o suficiente dela aos seus filhos? Os filhos dos pastores sentem uma enorme pressão para ser “bons” e estarem biblicamente confiantes em todas as coisas. Mas, frequentemente, não somos bons e muitas vezes falta-nos confiança biblicamente falando. Pecamos e duvidamos, como toda a gente, mas quando o fazemos o caminho para a restauração da paz muitas vezes é sentido como uma viagem impossível. Estamos autorizados a desfrutar da mesma graça quando falhamos e duvidamos (supondo que prega a graça à sua congregação)?

7. Um único padrão moral
Uma das graças que os filhos dos pastores precisam é de um único padrão moral. Muitos deles sentem a pressão da profissão sacerdotal dos seus pais em suas vidas morais. As qualificações para pastor e ancião segundo 1 Timóteo e Tito é sentida como uma ameaça: “Se falhar, o seu pai não somente vai parecer mau, mas também estará fora do trabalho.” Mas esses padrões são os mesmos que todos os cristãos devem manter (excetuando a capacidade de ensinar). O pai de mais ninguém corre o risco de ficar desempregado se seu filho é rebelde, mas o meu corre. A pressão adicional de ser moralmente íntegro não ajuda o meu coração. Ele cria um ambiente complicado na alma em que a tentação da rebelião e a tentação de ser hipócrita batalham com o desejo de honrar a Jesus e meu pai.

Ouvistes que foi dito: os filhos dos pastores devem ser mais santos do que seus pares e seus pais devem criá-los melhor, mas Jesus diz a todos nós: “Sede santos porque eu sou santo.” É assim que deve ser.

Barnabé Piper (blog, Twitter) trabalha em marketing e aquisições no Moody Publishers, em Chicago. Ele é filho de John Piper.

fon te https://coalizaopeloevangelho.org/article/7-coisas-que-o-filho-de-um-pastor-precisa-de-um-pai/

 


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