celeste na noite de segunda-feira (27), quando acontecerá o encontro planetário entre Mercúrio, Júpiter, Vênus, Urano e Marte.
Os planetas se encontrarão próximo à lua. Para ver o fenômeno, basta olhar para o horizonte Oeste logo após o pôr do sol, conforme indicou Cooke: “Os planetas se estenderão da linha do horizonte até a metade do céu noturno. Mas não se atrase, pois Mercúrio e Júpiter vão mergulhar rapidamente abaixo do horizonte cerca de meia hora após o pôr do sol”.
Conforme o astrônomo, os cinco planetas poderão ser vistos de qualquer lugar da Terra, desde que haja um céu claro e uma visão do Oeste. “Essa é a beleza desses alinhamentos planetários, não é preciso muito para vê-los”, observou.
Será possível ver o fenômeno a olho nu?
“Talvez. Júpiter, Vênus e Marte são muito fáceis de ver, pois brilham intensamente. Vênus será uma das coisas mais brilhantes do céu e Marte estará perto da Lua com um brilho avermelhado. Mercúrio e Urano podem ser mais difíceis de detectar, pois estarão mais escuros. Você provavelmente precisará usar um binóculos”, disse Cooke.
Aos admiradores de planetas, o astrônomo disse que será uma grande oportunidade, já que localizar Urano é algo raro: “Fique atento ao seu brilho esverdeado logo acima de Vênus”.
Com que frequência ocorre o alinhamento de planetas?
Diferentes grupos de planetas se alinham no céu de tempos em tempos. “Houve uma escalada de cinco planetas no verão passado e haverá outra em junho, com uma composição ligeiramente diferente”, disse Cooke.
Ele explica que esse tipo de alinhamento acontece quando as órbitas dos planetas os alinham em um lado do sol da perspectiva da Terra.
Sinais no céu e a volta de Jesus
Qual a possibilidade do fenômeno ter ligação com “os sinais no céu” que a Bíblia profetiza em Lucas 21, indicando que seriam prenúncios da volta de Jesus? “Será que os planetas podem ser comparados à Estrela de Belém?”, questiona um artigo do The Times of Israel.
“O que os céus anunciam é uma questão de fé e interpretação”, diz a editora do veículo, Amanda Borschel-Dan, que relacionou a Estrela de Belém seguida pelos magos do Oriente ao texto bíblico de Números 24.7.
“Eu o vejo, mas não agora; eu o avisto, mas não de perto. Uma estrela surgirá de Jacó; um cetro se levantará de Israel. Ele esmagará as frontes de Moabe e o crânio de todos os descendentes de Sete”.
“A profecia da estrela bíblica, foi contada poeticamente pelo profeta gentio Balaão. Na tradição judaica, essa profecia tem sido usada por milênios por aqueles que desejam provar o valor de seu próprio candidato messiânico”, ela disse.
Sobre a Estrela de Belém
Segundo a autora do artigo, a tradição cristã primitiva estava bem familiarizada com o versículo bíblico, sobre a Estrela de Belém. “No Evangelho de Mateus, o autor relata a história do nascimento de Jesus como seu cumprimento”, destacou.
“Depois que Jesus nasceu em Belém da Judéia, nos dias do rei Herodes, magos vindos do Oriente chegaram a Jerusalém e perguntaram: Onde está o recém-nascido rei dos judeus? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo”. (Mateus 2.1,2).
“Durante séculos, filósofos e astrônomos procuraram o significado por trás dessa ‘estrela do Oriente’ e existem praticamente tantas teorias quanto estrelas. No entanto, pesquisas recentes viraram a ideia da ‘Estrela de Belém’ de cabeça para baixo”, mencionou.
Amanda menciona que, em outubro de 2014, a Universidade Holandesa de Groningen comemorou seu 400º aniversário com um evento acadêmico de dois dias sobre a Estrela de Belém.
“Lá, 20 estudiosos interdepartamentais apresentaram artigos discutindo novas teorias, incluindo a do Prof. Michael R. Molnar, autor de ‘A Estrela de Belém — O legado dos magos’. ]
Astrônomos consideram relatos bíblicos em suas pesquisas
Outra teoria foi apresentada por Molnar, um astrônomo da Universidade Rutgers, que faz uma referência cruzada à história contada em Mateus, citando a estrela. Ele mencionou que astrólogos antigos acreditavam que “um novo rei nasceria” quando a Lua passasse na frente de Júpiter.
“Além disso, ele descobriu que um astrólogo romano descreveu as condições daquele dia como adequadas ao nascimento de uma pessoa divina e imortal”, mencionou Amanda.
Entre os comentários encontrados do astrólogo, está a seguinte observação: “O astrólogo que vive em mim sabe que nenhuma estrela pode fazer essas coisas, nem um cometa, ou Júpiter, ou uma supernova, ou uma conjunção de planetas ou qualquer outro objeto brilhante real no céu noturno”.
“Pode-se afirmar que as palavras de Mateus descrevem um milagre, algo além das leis da física. Mas Mateus escolheu suas palavras cuidadosamente e escreveu ‘estrela no leste’ duas vezes, o que sugere que essas palavras têm uma importância específica para seus leitores”, continua.
Em seu artigo, Weintraub escreve que Molnar traduziu literalmente a frase grega “no leste” e descobriu que era usada como um termo técnico na astrologia matemática grega há 2.000 anos.
“Ele descrevia, muito especificamente, um planeta que se ergueria acima do horizonte ao leste, pouco antes do sol aparecer. Então, momentos após o planeta nascer, ele desaparece sob o brilho do sol no céu da manhã”, escreveu Weintraub.
“Em particular, o reaparecimento de um planeta como Júpiter foi considerado pelos astrólogos gregos como simbolicamente significativo para qualquer pessoa nascida naquele dia”, mencionou ainda.
“Então, o alinhamento de planetas também pode ser um presságio de algum grande nascimento ou evento histórico?”, ele lançou a questão e respondeu ao concluir: “Talvez”.
FONTE https://guiame.com.br/gospel/mundo-cristao/cinco-planetas-vao-se-alinhar-no-ceu-e-especialistas-relacionam-volta-de-cristo.html