Seu Ministério Sem Sentido

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Todos morreremos.

Não estou tentando espalhar tristeza e melancolia, mas seremos enterrados e praticamente esquecidos. Alguém nos substituirá.

As canções que cantamos tão apaixonadamente hoje, serão cantadas por outra pessoa, com a mesma paixão que temos, quando tivermos partido. Os sermões que pregamos tão zelosamente hoje, serão pregados por um outro com tanto zelo quanto nós.

Eventualmente, ninguém vai se lembrar ou se importar com quanto tempo dedicamos em servir a igreja, quantas horas passamos a escrever canções ou elaborar sermões.

Não somos tão importantes quanto pensamos que somos, como gostaríamos que fôssemos.

No fundo, percebemos este destino e o combatemos com tudo o que somos. Estamos constantemente lutando por significado em nossos corações, e a cada dia descobrimos uma nova ferramenta para medir o nosso valor.

“Quantas pessoas estão frequentando nossa igreja?” perguntamos. Não contentes, sonhamos em perguntar: “Quantas pessoas, em quantos cultos, através de quantos campi estão frequentando nossa igreja?” Quanto maior o número, mais valor temos.

E estes sistemas de avaliação de valor se tornaram globais. “Quantas pessoas de quantos países estão ouvindo nosso podcast? Quantas visualizações o nosso último sermão teve no YouTube? Qual posição o nosso último disco alcançou no iTunes? Em que conferência temos pregado ou dirigido louvor ultimamente?”

Dizemos a nós mesmos que é tudo para a glória de Deus, porque os números representam pessoas, e pessoas são importantes. Estas afirmações são verdadeiras, mas nossas verdadeiras motivações são reveladas por nossa frustração pelo fruto mensurável de nosso trabalho. Inflamos os números quando falamos sobre o tamanho da nossa igreja. Usamos estimativas generosas de nossa audiência.

Na realidade, a maioria de nós, deixa a desejar. Nossos números não estão à altura. Não chegamos nem perto em comparação com pregadores de grande conferências, autores de best-sellers, pastores de mega-mega-mega-igrejas. Nunca teremos aquele sucesso do tipo Grammy, top 100 da Billboard, de encher a arena para um concerto. Estas comparações nos levam a um poço de desespero e depressão.

Esta forma de ministério não faz sentido. Esta medida de valor não tem valor.

Recompensa Maior
Jesus, o servo mais fiel de Deus, parece ter passado muito tempo tentando permanecer na obscuridade. Ele não estava procurando uma horda de fãs para lhe dizer o quão grande Ele era. Não estava fazendo nada para ser visto pelos homens, a fim de ganhar algum tipo de recompensa aqui na terra. Ele tinha em mente uma recompensa maior.

Jesus não tinha um vazio a preencher. Ele era a definição de “cheio e transbordante”. Então, quando ele veio a esta terra, não estava buscando pessoas para ajudá-lo a encontrar o seu significado e valor. Ele não os usou para que pudesse sentir-se bem consigo mesmo. Ele sabia quem ele era: o Filho de Deus, e o próprio Deus — e este conhecimento íntimo e profundo permitiu-lhe não ser servido, mas servir sem segundas intenções.

O mesmo não pode ser dito de nós. Fomos criados por um Deus infinito, com um vazio infinito dentro de nossas almas que só ele pode preencher. Ele tem plena intenção de nos dar tudo de si para preencher este vazio.

No entanto, mesmo no ministério, nossos corações rebeldes querem usar as pessoas, em vez de amá-las, para receber todas essas pequenas coisas — aplausos, afirmação, aceitação, influência, autoridade — e continuar a despejá-las neste vazio, esperando que elas acabem por preenchê-lo.

Ao mesmo tempo, há um tesouro maior do que jamais poderíamos obter de homens aqui na Terra. Melhor do que todos os retweets, “curtidas”, vendas de livros, vendas de discos e de visualizações no YouTube. Melhor do que se vangloriar que 10.000 pessoas assistiram seus 28 serviços de véspera de Natal e 4.272 pessoas foram batizadas em sua igreja no ano passado. Melhor do que se gabar que o podcast do sermão da sua igreja tem sido transmitido mais de 7 milhões de vezes em 148 países e em uma estação espacial perto de Júpiter. Melhor do que lotar 52 arenas em 12 países, após ganhar quatro Grammys.

Não estou sugerindo que você não deve postar seus sermões online, escrever livros, gravar discos, ou oferecer 28 serviços de véspera de Natal. Esta pode ser sua forma de demonstrar fidelidade a Deus por todo o investimento que Ele fez em si.
Não seja um “servo mau e preguiçoso”. Trabalhe duro. Seja fiel. E então confie a Deus os resultados.

Porque o vazio em nossos corações só pode ser “cheio e transbordado” com a alegria de um Deus eterno, completamente satisfatório, pelo qual somos aprovados.

Até fincarmos nossas raízes profundamente em Cristo, continuaremos a usar as pessoas as quais somos chamados a servir, a fim de encontrar a nossa própria validação. E elas vão nos decepcionar. Elas vão deixar de nos dar o valor que nossos corações desejam.

Todos os elogios e cumprimentos que continuamos a buscar, não podem se comparar nem de perto com a alegria de nosso Mestre como a maior recompensa celeste, ao ouvir de nosso Criador e Salvador: “Muito bem, servo bom e fiel.”

Todos nós queremos ter sucesso. Todos nós queremos que, ao final, nossos esforços signifiquem algo, que possa valer a pena quando tudo estiver dito e feito. Mas quando a morte estiver chegando, detestaria descobrir que recebi toda a minha recompensa aqui na terra.

O verdadeiro sucesso é colocar nossas coroas aos pés do Único cujo nome será louvado por toda a eternidade. E aqui vai uma dica: não é o nome que consta na minha carteira de motorista. Nem o seu.

É o nome acima de todos os nomes, que não compartilhará sua glória com outro.

Seu nome é Jesus. E ele é todo o significado que necessitamos.

fonte https://coalizaopeloevangelho.org/article/seu-ministerio-sem-sentido/

 


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