Na revista Christianity Today, John Stackhouse, Jr. expressa seus pensamentos sobre o volume dos grupos de louvor em um artigo chamado “Lembrete para as Bandas de Louvor.” Ele apresenta cinco razões pelas quais os grupos de música em igrejas devem abaixar o volume.
Aumentar o volume é apenas um truque barato para aumentar a energia em um recinto.
Quando a entonação não é muito boa, aumentar o volume só faz com que seja pior.
Os alto-falantes em sistemas de som na maioria das igrejas não são compatíveis com altos volumes.
Considere que você pode estar marginalizando pessoas mais velhas.
Os músicos — cada um deles, incluindo os cantores — são acompanhantes para o louvor da congregação.
Após dizer que o som dos músicos “deve ser ajustado apenas o suficiente para cumprir a sua tarefa de liderar e apoiar a congregação”, ele termina dizendo:
“Bem, eu gosto de Palestrina e gosto de um bom rock cristão. Portanto, músicos de igreja, se quiserem entoar uma bela canção que requer uma musicalidade avançada, façam-no certamente. Ouviremos e oraremos, e vamos apreciá-la para a glória de Deus.
Mas quando estiverem nos liderando nos cânticos, então liderem-nos nos cânticos. E abaixem o volume, para que não deixemos de ouví-los — ou pior ainda, simplesmente os aturemos. Sei que não é isto que querem que aconteça. Mas estou lhes dizendo que é o que está ocorrendo.”
Creio que Stackhouse levanta alguns pontos importantes e apropriados, mas faria algumas nuanças. Tocar alto nem sempre é um “truque barato”, e a maioria dos sistemas de som hoje em dia, especialmente em igrejas mais novas, tem capacidade para lidar com volumes mais altos. Eu ainda diria que há momentos para aumentar o volume e momentos para abaixá-lo. Já estive em igrejas onde o som do grupo de louvor é tão baixo que dificilmente se pode considerar que estão “liderando” qualquer coisa. Não se pode sequer ouvi-los, e isto causa outras problemas. Em outras ocasiões, não conseguia nem escutar a mim mesmo cantar, muito menos qualquer outra pessoa na congregação.
Posso imaginar algumas ocasiões quando o volume da banda (e dos vocalistas) poderia ser aumentado:
quando a congregação estiver ouvindo, não cantando
quando estamos ensinando um novo cântico
quando a igreja está cantando em voz alta e com fervor
quando a banda estiver estabelecendo o ritmo
quando o líder estiver dando instruções
No entanto, o som dos músicos não deve dominar constantemente ou sobressair-se ao som da congregação. No Novo Testamento, quando a igreja se reúne, o som predominante é o canto da congregação (Ef. 5:19, Col 3;16). Ela é o verdadeiro grupo de louvor.
O monitoramento do volume de acordo com a situação é algo do qual tanto o engenheiro de som como a banda devem estar cientes. A banda deve tocar menos ou mais, mais alto ou mais baixo, dependendo da situação. É também uma boa ideia verificar o volume colocando-se ao fundo da igreja, ou pedindo a alguém da sua confiança (que não esteja na mesa de som) para avaliá-lo em seu lugar. Tenha em mente que ele pode ser suave demais, bem como demasiadamente alto.
Temos visto também que fatores como equalização de som ruim (o que pode fazer com que uma banda soe alto demais, dependendo de onde você estiver sentado no recinto), e as preferências individuais e preconceitos podem impactar o que é considerado um som “alto” demais. Obviamente, cada uma destas situações requer uma resposta diferente.
Este post foi publicado originalmente em worshipmatters.com.
fonte https://coalizaopeloevangelho.org/article/quaao-alto-deve-ser-o-som-do-grupo-de-louvor/
